Os últimos anos foram difíceis para todos os segmentos da economia nacional. A alta taxa de desemprego e a insegurança do mercado de trabalho estimularam muitos brasileiros a procurarem uma segunda oportunidade de fazer dinheiro. Segundo uma pesquisa realizada pela FGV, em parceria com a Fecomércio, desde 2016, mais de 55% dos brasileiros procuram uma fonte extra de renda.
Foi o caso do analista de sistemas Felipe Mafra. Ao procurar um curso para se qualificar na área de Business Intelligence (BI), Mafra notou a ausência de conteúdo relevante na Internet e decidiu encabeçar um novo projeto: compartilhar todo o conhecimento acumulado em 15 anos de experiência trabalhando com Tecnologia.
“Procurei um curso online e não encontrei. Horas depois, abri uma rede social e fui impactado por um post falando da Udemy. Ao explorar a plataforma, tive a ideia de montar um curso gratuito de virtualização e disponibilizá-lo lá, só pra ver o que acontecia”, explica. Nas primeiras duas semanas após ter seu curso aprovado pela curadoria da Udemy, o analista já contava com uma base de mil alunos.
Com foco em profissionais que, como Felipe, têm muito a ensinar, a Udemy foi criada em 2009. De lá pra cá, a empresa que nasceu como startup se transformou em um marketplace global de ensino e aprendizado online, que hoje conta com instrutores, cursos e alunos de diversas nacionalidades. O objetivo é reunir instrutores de todo o mundo que buscam uma ferramenta eficaz para compartilhar diversos tipos de conhecimento, desde técnicas para costura até linguagens complexas de programação.
“Nunca contabilizei o quanto investi e o quanto ganhei pra ser exato, mas, em meu primeiro mês, eu fiz pouco mais de 3 dólares. No segundo mês fiz 170 e fiquei imensamente animado. No terceiro mês, mais de US$ 1 mil e fechei 2017, o primeiro ano, com mais R$ 250 mil. Logo vi que daria certo se eu me dedicasse”, conta o instrutor.
Para Mafra, lecionar online é muito mais difícil do que muitos acreditam. “A modalidade online está ganhando muita força e fazendo as pessoas se adaptarem. Quanto a metodologia, é completamente diferente. Ao gravar uma aula, você tem que pensar em quais podem ser as dúvidas dos alunos e já responder ali mesmo. Presencialmente é muito mais fácil, pois o aluno levanta a mão, fala a sua dúvida e você responde ou diz que isso será abordado mais à frente. Em cursos à distância não. São mais coisas a se pensar na hora de gravar uma aula”, explica.
O bom resultado na venda de cursos fez com que Felipe se dedicasse por completo a carreira de instrutor, hoje, sua principal fonte de renda e que o permite ter flexibilidade para realizar mais coisas na vida pessoal, como buscar a filha, Clara, de 3 anos na creche. “Procurei saber como a Udemy funcionava, sua missão, visão, valores, então vi que se encaixava perfeitamente com o que eu queria: democratizar o conhecimento em um país extremamente carente de educação. Deu certo”, afirma Mafra.
3 Respostas
Vanessa
Olá, parabéns pelo Artigo,
Segue outro site com vários cursos online. https://www.ecursosonlinegratis.com.br/
Daniel
Artigo incrível. Realmente esses cursos profissionalizantes cresceu muito a demanda e é muito bom, afinal conhecimento nunca é demais.
Gustavo
Com o aumento da procura por cursos profissionalizantes, percebo que a demanda está em constante crescimento. Isso é positivo, pois reforça a ideia de que adquirir conhecimento é sempre vantajoso.