A pesquisa Hábitos e comportamentos dos usuários de redes sociais realizado pelo e.Life Group revelou que os celulares e smartphones já são o principal meio de acesso à internet no Brasil. Os aparelhos móveis são os mais utilizados por 43% dos entrevistados, um crescimento de 25% em relação ao ano anterior.
Até aí não parece ser uma grande novidade, já que por onde a gente anda praticamente todo mundo está com um aparelho na mão. Parece tão natural que é preciso um estudo assim para tornar mais evidente o que está na cara, mas que não relacionamos com nossos negócios. Cada vez mais pessoas utilizam esses aparelhos para ter contato com nossa empresa, produtos e serviços. Seja acessando o site, o perfil nas redes sociais e pesquisas no Google, ou mesmo através de mensagens diretas como e-mail e Whats App. Ou seja, o smartphone tornou-se o primeiro canal de contato com seus clientes.
Nos EUA o chamado mobile marketing vem crescendo a taxas de 50% nos últimos cinco anos, devendo movimentar US$ 400 bilhões em 2015. Não à toa, foi considerado um dos principais fatores de estímulo da economia no país.
Tanto que em abril o Google anunciou uma grande mudança nas suas regras, passando a priorizar nas pesquisas os sites com layouts adaptáveis para os aparelhos móveis (responsivos). A medida teve impacto tão grande que os especialistas a apelidaram de mobilegeddon (mobile armageddon), por prever que muitos sites bem posicionados nas buscas iriam desabar por não possuírem versões mobile.
E a sua empresa, está preparada para atender a essa nova demanda?
Tenha em mente que a pessoa que você encontra no metrô, na rua, no shopping ou no trânsito consultando o celular pode estar buscando por produtos e serviços que você fornece, ou até mesmo tentando acessar o site da sua empresa. E aí, o que ela vai encontrar?
Será que vai ficar satisfeita?
Ou, pior, será que vai encontrar alguma coisa?
Conheço muita gente que nunca acessou o próprio site pelo celular ou tablet. Se é o seu caso, faça uma experiência, pegue o seu smartphone agora e tente. Se ele abre rapidamente, se adapta aos diferentes formato de tela, facilita a visualização das principais informações e é de fácil navegação, parabéns! Se, pelo contrário, encontrou uma miniatura do que está acostumado a ver na tela do seu computador ou notebook, em que é necessário empurrar de lá para cá para achar o que procura, é melhor se preocupar pois é assim que um número cada vez maior de potenciais clientes enxerga sua empresa.
Para adaptar a empresa para esse novo momento, transformando o celular em uma ferramenta para gerar novos negócios, o primeiro passo é estar atento às mudanças de hábitos e necessidades dos usuários. Não só a forma de acessar mas também o tipo de informação que procuram pode mudar de acordo com o aparelho usado: pesquisar informações em casa, sentado confortavelmente em frente à tela grande do computador, é uma situação bem diferente de buscar informações andando na rua com um celular de tela pequena. Em casa você pode ter calma para ler textos longos e informações complementares. Na rua, o que precisa são informações rápidas e práticas, como o número de telefone e endereço. As prioridades e necessidades mudam conforme o aparelho a ser utilizado.
O que está acontecendo no varejo norte-americano serve para ilustrar bem esse cenário. Lá, 70% dos consumidores usam smartphones enquanto fazem compras nas lojas para comparar preços, ler resenhas de produtos, obter cupons e verificar o que há no estoque.
Aqui esse comportamento só não é maior devido à precariedade da nossa rede de internet 3G, mas a situação deve melhorar em ritmo acelerado nos próximos anos. As grandes redes varejistas já se conscientizaram que não adianta restringir o acesso na área de vendas com medo da concorrência e algumas inclusive já fornecem acesso wi-fi gratuito. A internet deve ser encarada como uma aliada para aumentar o tempo de permanência do consumidor na loja e estimular a compra.
O segundo passo é adaptar as estratégias e ações de marketing. A equipe da Clínica Marketing Digital preparou a lista das cinco prioridades para colocar sua empresa dentro da realidade mobile. São elas:
Responsividade: site responsivo adapta-se automaticamente ao formato de tela do aparelho utilizado, mas não se resume a isso. É necessário destacar as informações que o usuário quer ver com rapidez, o que pode variar de acordo com o perfil do público-alvo ou da situação. Por isso é importante estudar a versão mobile em conjunto com o desenvolvedor.
Mobile First: Nos EUA, onde o acesso à internet via celular já ultrapassou os desktops e PCs há mais tempo, a prioridade é desenvolver o layout do site para as telas de smartphones e tablets, fator que deve ser levado em conta caso sua empresa pretenda desenvolver um novo site.
SEO: O Google é responsável por gerar de 50% a 60% do tráfego dos sites no Brasil, e a situação na muda em relação ao mobile. Pelo contrário, fazer a consulta no Google pelo celular para buscar informações sobre empresas, marcas e produtos é até mais prático. Por isso é necessário trabalhar o SEO do site também visando os resultados das buscas pelos aparelhos móveis, que podem se diferenciar em relação aos notebooks e desktops pelas palavras-chave.
Publicidade mobile: O Google vem acompanhando essa tendência há alguns anos e já oferece a possibilidade de segmentar as campanhas de anúncios (adwords) de acordo com o tipo de aparelho que a pessoa esteja utilizando. E, da mesma forma que o SEO, necessita de uma estratégia própria para o mobile.
Redes sociais: Facebook e Instagram são as redes sociais: se o perfil dos seus clientes e consumidores tem potencial para interagir com sua empresa via celular, é fundamental investir na presença em redes sociais como Facebook, Instagram e Linked In, bastante acessadas por praticamente todo mundo que possui um smartphone.
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